Secretaria Municipal de Saúde vai aplicar penicilina para tratamento da sífilis nas USFs

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A partir do dia 10 de dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passará a aplicar a penicilina para tratamento da sífilis nas Unidades de Saúde da Família. A medida foi definida após reunião com representantes da SMS, Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Secretaria Estadual da Saúde (SES), Conselho Regional de Medicina (CRM), Ministério Público da Paraíba, Ministério Público Federal e Projeto Sífilis Não, do Ministério da Saúde (MS).

Atualmente, a SMS oferta a penicilina para tratamento da sífilis nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), na Policlínica Municipal do Cristo e no Instituto Cândida Vargas para gestantes.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, no ano de 2017, foram registrados 182 casos de sífilis em gestantes e 153 casos de sífilis congênita, na Paraíba. Em João Pessoa, foram 28 casos de gestantes com a doença e 71 casos de sífilis congênita. Ainda segundo o Departamento de IST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, jovens de 20 a 29 anos são as mais infectadas.

“Os casos de sífilis cresceram consideravelmente no estado e foi identificada uma resistência das pessoas em fazer o tratamento e continuá-lo. Com a penicilina sendo ofertada nas unidades de saúde, será mais fácil para o paciente dar seguimento no tratamento e até da equipe de saúde da família de monitorar esse paciente infectado, entendendo que o tratamento da doença é simples e de fácil cura, desde que realizada a administração da penicilina corretamente”, explica a secretária-adjunta da SMS, Ana Giovana Medeiros.

Antes de o tratamento ser implementado nas USFs, os profissionais da Atenção Básica passarão por uma qualificação sobre o fluxograma do município para a administração da penicilina em casos de sífilis, e uma grande ação voltada ao esclarecimento da população sobre a doença será realizada no Parque da Lagoa, no dia 08 de dezembro.

Sífilis – É uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). No estágio primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gestação ou parto (sífilis congênita), por isso, o uso correto e regular do preservativo é a medida mais importante de prevenção da doença. O acompanhamento da gestante e seu parceiro durante o pré-natal contribuem para o controle da sífilis congênita.

Para detecção da doença, nas Unidades de Saúde da Família e SAE/CTA é realizado o teste rápido, com resultado em 30 minutos.