Serviço de Atendimento Domiciliar da Secretaria de Saúde da Capital já atendeu cerca de 10 mil pacientes

Por Rebeka Paiva - em 759

Promover um cuidado integral e humanizado no ambiente domiciliar e assim trabalhar a desospitalização, diminuindo o tempo de permanência do usuário nos hospitais e UPAs. Esse é o objetivo do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e que integra o Programa Melhor em Casa do Ministério da Saúde. Implantado no município de João Pessoa em 2012, aproximadamente 10 mil usuários já foram assistidos pelo serviço.

Atualmente, cerca de 300 pacientes são atendidos por mês por sete Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e três equipes de Apoio (EMAP). Um dos usuários atendidos pelo SAD atualmente é Manoel Antonio Marcolino, 90 anos, portador de Esclerose Múltipla. Devido a uma fratura no fêmur, ele precisou ser acompanhado por uma equipe multiprofissional para reabilitação. Atualmente, uma vez por semana, o idoso recebe a visita da fisioterapeuta, enfermeiras e técnicas de enfermagem. O paciente também é acompanhado por uma médica e nutricionista do serviço.

Para a filha e cuidadora de seu Manoel, Tereza Marcolino, os resultados do trabalho desenvolvido podem ser vistos no dia a dia com a melhora constante. “Eu não sei o que seria das nossas vidas sem essas meninas. A gente vê a melhora diariamente e em pequenas coisas, quando é dia de visita, ele fica animado, acorda cedo e pede pra se arrumar pra esperar elas. É algo que faz bem não só pra saúde física dele, mas pra cabeça também. Além do fato de ser uma facilidade pra gente que cuida e que não conseguiria levá-lo com frequencia e facilidade às consultas sempre que necessário”, conta a cuidadora.

“Nós recebemos o SAD em nossa casa, mas o cuidado que eles têm conosco vai além da visita domiciliar, até quando não é dia de vir, as meninas ligam pra saber como estamos, temos um contato direto com elas então se tenho alguma dúvida ou surge algo novo, nos falamos na mesma hora”, completou Tereza Marcolino.

Para prestar o atendimento, o SAD conta com a atuação de 76 profissionais entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e farmacêuticos.

Francinete Jennir é enfermeira e atua no SAD há oito anos. Para ela trabalhar no Serviço de Atenção Domiciliar é gratificante. “É um trabalho onde você não apenas reabilita um paciente, mas dá condições daquela pessoa de viver melhor, de dentro das limitações, ter qualidade de vida. E facilita bastante a vida da família também que tem seu ente querido sendo cuidado no conforto de sua casa. Isso faz bem pro paciente, mas faz bem pra gente também”, conta a enfermeira.

O SAD atualmente atua como AD 2, ou seja, Atenção Domiciliar tipo 2, que atende pacientes que precisam abreviar ou evitar a hospitalização, mas dar continuidade aos cuidados em casa.  Em casos de pacientes acamados ou com dificuldade de locomoção, a assistência será prestada pela Equipe de Saúde da Família da Unidade de Saúde da Família (USF) de referência.

Para ter acesso ao SAD, o usuário deve procurar a unidade de saúde de família (USF) mais próxima de sua residência, ou algum serviço de saúde da área especializada, como a Policlínica, para que sejam realizados os primeiros atendimentos e, se necessário, o encaminhamento ao serviço domiciliar do programa. Em casos de desospitalização, o próprio hospital, através do seu setor de serviço social, faz a solicitação e encaminhamento do usuário ao SAD.

O Serviço de Atendimento Domiciliar funciona no prédio anexo a Secretaria Municipal de Saúde, na Avenida Epitácio Pessoa. Para mais informações o usuário pode ligar no telefone: 3214-7149.