SMS disponibiliza vacina antirrábica para humanos; saiba o que fazer em caso de agressão animal

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Luis Sousa

D R T . R J . 15855.

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Há dezesseis anos João Pessoa não registra nenhum caso de raiva em humanos. Para que a doença permaneça longe da Capital é preciso manter os animais saudáveis e vacinados. Mas caso o pessoense seja agredido por um animal, a Rede Municipal de Saúde disponibiliza a vacina antirrábica para humanos em três serviços de referência instalados no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) de Mangabeira, na Unidade Básica de Saúde (UBS) em Mandacaru e no Centro Municipal de Imunização, na Torre.

O Centro Municipal de Imunização funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. As salas de vacinas do Centro de Saúde de Mandacaru e o Cais de Mangabeira atendem de domingo a domingo, sendo que durante a semana o horário normal e no sábado e domingo de 8h ao meio-dia, para a profilaxia da raiva, que é com vacina.

“Se instalada a doença ela não tem cura, por isso trabalhamos com a profilaxia, para evitar que a raiva se instale no paciente. Por isso é muito importante que o usuário procure a unidade de referência o mais rápido possível e nunca mate o animal que o agrediu, uma vez que vamos precisar avaliar o animal para decidir o esquema de tratamento”, explica Chiara Dantas, coordenadora do setor de Imunização, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A raiva é transmitida pelo contato com a saliva do animal. Em 2015 a Paraíba registrou apenas um caso de raiva humana, no município de Jacaraú. Em João Pessoa o último caso de raiva humana foi registrado em 1999, no bairro Alto do Mateus. Por aqui, a SMS aplica cerca de 700 doses de vacina antirrábica em humanos por mês.

“A melhor coisa é procurar atendimento o mais rápido possível. É importante que o usuário lave o ferimento com muita água e sabão e busque atendimento imediato. Também é importante prender e observar o animal. Caso seja um animal de rua, a pessoa pode pedir para o Centro de Zoonoses recolher esse animal para que ele possa ser observado por pelo menos 10 dias”, complementa Chiara Dantas.

Chiara explica ainda que o animal é observado por dez dias. “Quando não há suspeita que o animal está doente, a gente faz só vacina, quando se acredita que o animal esteja doente, encaminhamos para o soro, que também é indicado dependendo da lesão, do animal que agrediu, se o animal pode ser observado ou se desapareceu”, complementa a coordenadora.

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O soro antirrábico é aplicado apenas no Hospital General Edson Ramalho. Mas para o usuário ter acesso ao soro, ele precisa primeiro procurar uma das três referências instaladas no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) de Mangabeira, na Unidade Básica de Saúde (UBS) em Mandacaru e no Centro Municipal de Imunização, na Torre. A unidade irá encaminhar o paciente para o Edson Ramalho.

A raiva no Brasil – De acordo com o Ministério da Saúde, todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. No período de 1980 a setembro de 2012, cães e gatos foram responsáveis por transmitir 76,0% dos casos humanos de raiva; os morcegos, por 11,0%; outros animais (raposas, saguis, gato selvagem, bovinos, equinos, caititus, gambás, suínos e caprinos), 13,0%.

Vacina para o animal – Independente de o animal ter sido vacinado, quando há uma agressão, por segurança, o paciente sempre será imunizado contra a raiva humana. Para que a doença não seja transmitida para os humanos é muito importante que todos os animais estejam vacinados. Em João Pessoa, a vacina antirrábica para animais pode ser aplicada no Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz) da Prefeitura Municipal (PMJP), que fica localizado na Avenida Walfredo Macêdo Brandão, nº 100, Jardim Cidade Universitária, e funciona das 8h às 12h e das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira. Para mais informações os usuários podem ligar para 3218-9357.

O último caso de raiva animal em João Pessoa aconteceu em 2007 e foi registrado em cachorro no bairro José Américo. O animal raivoso apresenta mudança de comportamento, para de comer, esconde-se em locais mais escuros, tenta beber água sem conseguir engolir, procura fugir de onde está preso e morde tudo o que vê pela frente (objetos, animais e pessoas).

O animal também pode babar, ficar com o latido rouco e prolongado, parecendo um uivo, pode parecer que está engasgado com um osso, ficar sem andar e morrer. No entanto, não é obrigatório que o animal raivoso apresente todos esses sintomas simultaneamente.