SMS divulga plano de ação para intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

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Lílian Pedreira

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa está intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika. O monitoramento e controle do vetor já são realizados diariamente pelos Agentes de Saúde Ambiental (ASA) nos diversos bairros da capital e, de acordo com a programação, as atividades serão intensificadas a partir da próxima semana.

“As agentes já atuam nos bairros trabalhando com orientações junto à população para identificação de possíveis focos e controle do mosquito. Mas este é um momento crítico. Agora em parceria como outros órgãos, como a Emlur e a Sedurb, vamos reforçar a parte educativa, convocando a população para um maior cuidado e para nos ajudar com essa busca ativa, e dessa forma, eliminar qualquer risco de contato com o mosquito”, reforçou Nilton Guedes, gerente de vigilância ambiental do município.

Na programação, as ações foram definidas por bairros. A princípio serão visitados os bairros que, segundo o último Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), apresentaram maior risco de reprodução do mosquito. Em 2015 foram realizados 550 mil visitas às residências, 10 mil visitas em locais estratégicos, como cemitérios, borracharias, terrenos baldios e sucatarias e ao todo foram recolhidos cerca de 105 mil pneus.

As ações incluem atualização de todos os agentes de controle de endemias com relação à situação atual as doenças transmitidas pelo Aedes aegypty (Dengue, Zica e Chikungunya); reunião com todos os profissionais da Atenção Básica (UBS e USF); palestras sobre iniciativas de prevenção integrada junto às comunidades; intensificação da fiscalização e limpeza de terrenos baldios; palestras para administradores e colaboradores dos cemitérios e mercados públicos, entre outras ações.

O gerente da Vigilância Ambiental chama atenção para a participação da população no combate ao mosquito. “Já é sabido que é fundamental o cuidado com os ambientes, no sentido não deixar acumular lixos e deixar água parada. Todos precisam fazer o dever de casa e o cuidado e ser mais vigilantes dos espaços particulares. No que diz respeito aos espaços públicos, as pessoas podem ligar para o Centro de Vigilância Ambiental”, orientou o gerente.

Relação Zika e Microcefalia – No final de novembro, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste, a partir da afirmação do Instituto Evandro Chagas , que identificou a presença do vírus Zika em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que veio a óbito no Ceará.

Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como: a transmissão desse agente; a sua atuação no organismo humano; a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

Baixo índice de infestação – O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro, apontou que o município de João Pessoa é considerado de baixo índice de infestação do mosquito. A cada 100 casas, apenas 0,3 apresentou risco de reprodução do mosquito.

Como combater o mosquito – Eliminar os focos de água parada é a melhor forma de se combater o Aedes Aegypti. É na água parada que o mosquito se reproduz, aumentando as chances de proliferação da dengue e da zika. Alguns cuidados são muito importantes, a exemplo de manter bem tampado tonéis de água, manter caixa d’água sempre fechada com tampa adequada, entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana e remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.