SMS e Emlur realizam reunião de planejamento para ações de combate à dengue
Thibério Rodrigues
Técnicos da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SMS) e da Diretoria de Operações da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) se reuniram, nesta segunda-feira (6), para traçar um plano de ações em combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. As ações estão previstas ainda para este mês de julho.
A primeira atividade resultante da reunião será uma ação para orientar os proprietários de estabelecimentos localizados no Distrito Industrial, com a finalidade de eliminar possíveis focos de reprodução do mosquito, como os pneus e sucatas acumuladas no local. “Estamos planejando um dia de intensificação das ações, orientando os proprietários dos estabelecimentos sobre como descartar os materiais inutilizados de forma a evitar a reprodução do mosquito, contando com os agentes da Emlur para a parte da limpeza da área pública”, explicou Nilton Guedes, gerente da Vigilância Ambiental.
Entre os dias 1° de janeiro e 02 de julho deste ano, foram notificados 3.594 casos suspeitos de dengue, sendo que 2.360 foram confirmados. O Centro de Vigilância Ambiental (Cvaz) tem trabalhado diariamente no controle do mosquito Aedes aegypti e outras pragas, realizando visitas domiciliares, ações de conscientização da população com palestras e reuniões em escolas, condomínios, empresas, prédios, entre outros locais. Por ano, a equipe chega a realizar mais de 600 mil visitas a domicílio.
Nilton destacou a importância da população no trabalho de combate à dengue. “É importante que as pessoas olhem em volta, evite depósitos de água, dê continuidade ao trabalho realizado pelos agentes e denunciando os possíveis focos de dengue”, disse. O Aedes aegypti pode viver 35 dias, mas seus ovos podem sobreviver até 450 dias. O mosquito prefere locais úmidos e basta alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos.
Caramujo africano – Além das ações em combate à dengue, a reunião direcionou também uma atividade voltada para a eliminação do caramujo africano na orla da praia de Cabo de Branco. Está prevista uma ação educativa com os moradores do local sobre como fazer o controle do animal. Os agentes da Emlur farão a capinação da área onde estão se acumulando os caramujos, já que a vegetação é o alimento do animal.
Aproveitando o clima frio e o tempo chuvoso, os caramujos se reproduzem com facilidade por se tratarem de hermafroditas. Eles, que colocam em média 1.000 ovos por ano, podem transmitir contaminação de forma direta à população, caso não sejam manuseados de maneira adequada. Para catá-los, é necessária a utilização de luvas e sacolas plásticas. Para o controle da espécie, é necessária a catação e o afogamento do caramujo com água e sabão numa vasilha.