SMS explica números de casos zika e orienta sobre cuidados e prevenção da dengue

Por Lilian Pedreira - em 808

DENGUE 02O Ministério da Saúde confirmou recentemente 11 casos de zika em João Pessoa. A confirmação destes casos só foi possível graças ao intenso trabalho de monitoramento que é realizado periodicamente pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Eles acompanharam a saúde de 6.963 pessoenses que apresentaram manchas vermelhas na pele (exantema) e que não foram identificados como dengue.

“Essas pessoas não se enquadravam totalmente nos casos de dengue, uma vez que estas manchas podem aparecer em diversas doenças virais. Para o Ministério da Saúde, a dengue só pode ser caracterizada quando ocorre febre e mais dois sintomas associados, que poderia até ser o exantema, mas não foi o que aconteceu nesses casos, uma vez que, em nenhum dos episódios houve quadro febril”, explicou a técnica Ana Larissa Libório.

Por isso, a Vigilância Epidemiológica decidiu monitorar estes casos. “Quando a Vigilância identifica alguma agrave inusitado, como esses casos, realizamos um trabalho especial de monitoramento. Esse é o padrão de trabalho da Vigilância e foi o que fizemos com esses casos de exantema. Vale destacar que o MS observou o aumento desses casos em todos os estados do Nordeste”, destacou Daniel Araújo Batista,

D R T . R J . 15855.

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gerente da Vigilância Epidemiológica da SMS.

Com o estudo foi possível identificar 15 amostras, consideradas aptas pelo Ministério da Saúde, para que fosse realizado o exame que identifica a presença do Zika Vírus. “As amostras foram enviadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará e após exames, foram identificados 11 casos positivos para zika. Esta iniciativa faz parte de uma pesquisa de circulação viral realizada pelo MS, cujo objetivo não é quantificar os casos e sim identificar a presença do vírus no município”, ressaltou Ana Larissa.

Dengue – Entre os dias 01 de Janeiro e 02 de Julho, foram notificados 3.594 casos suspeitos de dengue, sendo que 2.360 foram confirmados.

“Todos estão muito preocupados com a zika, mas a dengue é um agravo que pode se complicar e levar ao óbito, já nos casos de zika, os pacientes tiveram uma boa evolução. A partir de agora a tendência é reduzir o número de casos, pois o pico de notificação é no primeiro semestre, por conta das condições climáticas. As pessoas devem ficar mais vigilantes para impedir que o mosquito se prolifere e possa transmitir as doenças”, enfatizou Flávia Castelo Branco, que também é técnica da Vigilância Epidemiológica da SMS.

Sistema – O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória do Ministério da Saúde.

Vigilância Epidemiológica – A Vigilância Epidemiológica de João Pessoa é responsável por acompanhar o comportamento doenças, agravos e de mudanças nas práticas de saúde, bem como detectar ou prever quaisquer mudanças que possam ocorrer nos fatores condicionantes do processo saúde-doença.

Mazinho Gomes Fotografo DRT/RJ 15855

Mazinho Gomes Fotografo DRT/RJ 15855

Vigilância Ambiental – O Centro de Vigilância Ambiental tem trabalhado diariamente no controle do mosquito Aedes Aegypti e outras pragas, realizando, visitas domiciliares, ações de conscientização da população através de palestras e reuniões em escolas, condomínios, empresas, prédios, entre outros locais. Por ano, a equipe chega a realizar mais de 600 mil visitas a domicílio.

“Nesta segunda-feira (6) vamos iniciar o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), um estudo que avalia o risco de reprodução do mosquito da dengue. Isso vai dar condições para direcionar ações de acordo com a localização dos criadouros e assim orientar a população para que possam colaborar com o trabalho dos Agentes de Vigilância Ambiental”, informou Nilton Guedes, gerente do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS.

Nilton destacou ainda a importância da população no trabalho de combate à dengue. “É importante que as pessoas olhem em volta, evite depósitos de água, dê continuidade ao trabalho realizado pelos agentes e denunciando os possíveis focos de dengue”.

Mosquito – O Aedes aegypti pode viver 35 dias, mas seus ovos podem sobreviver até 450 dias. O mosquito prefere locais úmidos e basta alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos.

“Uma fêmea do mosquito precisa acasalar apenas uma vez para se tornar fértil. Em média, ela põe ovos a cada três dias. Alguns autores relatam que se viver 35 dias, ela pode produzir 1500 ovos. E para preservar a espécie, a fêmea procura distribuir os ovos em diversos locais”, explicou Nilton Guedes.

Disque Dengue – Para mais informações sobre a doença ou denúncia de possíveis criadouros, a população pode entrar em contato com o serviço Disque Dengue ligando 3214-5718.