SMS intensifica cirurgias para controlar população canina e felina de João Pessoa

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DA Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz), regulará as cirurgias de esterilização realizadas na Unidade de Controle Populacional de Cães e Gatos de João Pessoa. O tema foi discutido em reunião realizada na noite dessa terça-feira (5), no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), com a participação de representantes da SMS e de ONGs que prestam assistência a animais abandonados, além de protetores individuais e acumuladores.

A partir dessa regulação, o serviço pretende ser mais ágil na triagem dos animais candidatos à cirurgia. “Queremos que a população participe mais, venha ao CCZ, informe-se. Queremos levar esse serviço a quem mais precisa. Quanto menos errantes nas ruas, melhor para a saúde humana”, salientou Nilton Guedes, gerente da Gvaz.

A necessidade de repensar os procedimentos, segundo ele, é natural por ser a Unidade um serviço novo. “Vamos fazer ajustes até chegar ao que consideramos ideal – isso, claro, dentro das nossas possibilidades”, disse. Para que esse processo de aperfeiçoamento seja possível, ele argumentou que a parceria com ONGs e protetores individuais é indispensável. “Eles estão trabalhando pelos animais há anos, sabem o que é necessário e o que pode ser melhorado. As sugestões que nos dão são essenciais.”

A partir dessa reunião, o CCZ também oferecerá atendimento especializado a acumuladores e protetores individuais de animais e fará um redirecionamento dos critérios para a castração de animais que estão sob a guarda dessas organizações ou pessoas.

A Unidade de Controle Populacional é pioneira na Paraíba e tem como objetivo reduzir a população de animais errantes por meio de procedimento cirúrgico de esterilização e de ações educativas voltadas para a posse responsável.D

Esterilização – O serviço de esterilização de animais oferecido pela SMS não é oferecido a todas as pessoas, indiscriminadamente; há uma lista de prioridades. Os pré-requisitos são: residir em área endêmica, com risco epidemiológico para a transmissão de zoonoses (toxoplasmose, leptospirose e leishmaniose); ter baixa renda (usuários do SUS e do Bolsa Família); e ter mais de 60 anos (muitos idosos têm nos animais de estimação uma companhia, quase um ente da família). Além disso, 20% das cirurgias são para as ONGs de proteção animal que trabalham em parceria com o CCZ.

Depois dessa primeira triagem, os animais passam por avaliação física e fisiológica, com exames realizados na própria unidade. Idade do animal, vacinas, hemograma e exame de sangue para detectar a leishamniose visceral, também conhecida como calazar, fazem parte dessa avaliação. “Nosso objetivo é a segurança do animal. Somos um órgão público, devemos explicações à sociedade, e por isso precisamos ter muita responsabilidade no trato com esses animais”, explicou Nilton.

Procedimento – A Unidade de Controle Populacional de Cães e Gatos realizará, no mínimo, quatro cirurgias por dia, entre a terça e a sexta-feira (a segunda será dedicada à esterilização da clínica). Será uma média de 64 animais esterilizados por mês – número que poderá aumentar de acordo com a procura dos proprietários de animais, a prática da equipe da unidade e os ajustes que serão feitos no decorrer dos procedimentos.

Adoção – De acordo com Nilton, por meio do CCZ, já foram adotados 1,1 mil animais este ano, e todos passaram pelo Setor de Posse Responsável. “Não doamos animais de forma aleatória, é preciso que a pessoa interessada atenda a alguns critérios e assine um documento no qual se responsabiliza pelo animal”, finalizou.