SMS intensifica exames para diagnosticar sífilis em mulheres gestantes

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Por ocasião do Dia Nacional da Sífilis (19), o Ministério da Saúde está em campanha nacional para incentivar o teste rápido de triagem de sífilis na gestação, até o dia 31 deste mês. Em João Pessoa, a Seção DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza, nesta terça-feira (22), um café da manhã no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no Cais Jaguaribe, com palestras e testagens. A ação, que marca a mobilização na Capital, tem início às 8h.

O objetivo do Ministério da Saúde é aumentar o índice de diagnóstico da sífilis em gestantes, pois essa cobertura está baixa no Brasil, variando de 51% a 81%. Com essa intenção, pretende-se colocar em pauta nacional a sífilis congênita e o direito do bebê de nascer saudável.

Segundo Clarice Pires, coordenadora da Seção DST/Aids da SMS, parte da população ainda fica temerosa diante do teste de sífilis, por isso é importante realizar campanhas para quebrar essas barreiras. “Quanto antes fizermos o diagnóstico, melhor. Principalmente no caso de grávidas que não apresentam sintoma da doença e que, sem o tratamento adequado, podem transmiti-la ao filho”, disse.

Nas USFs – As Unidades de Saúde da Família (USFs) onde já são realizados os testes rápidos também intensificaram a triagem neste mês, também aos sábados, já que as unidades estarão abertas para o Outubro Rosa. No CTA, nesta terça, os testes de triagem de sífilis serão realizados em parceria com a equipe de prevenção ao câncer do colo do útero.

O que é – A sífilis é uma doença infecciosa causada por bactéria, que se manifesta em três estágios: primária, secundária e terciária. Pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relação sexual sem preservativos, por transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro, em razão do controle do sangue doado) e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).

A cura se dá por meio de tratamento com antibióticos, geralmente a penicilina. No entanto, se não for tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à morte. No caso da sífilis congênita, a infecção do feto se dá pela placenta e pode causar má formação do feto e sérias consequências para a saúde da criança (ou até a morte).

Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.