SMS oferece Serviço de Atenção Domiciliar para usuários com dificuldades de locomoção

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Thibério Rodrigues

foto-ivomar-gomes-pereira-19Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em João Pessoa com dificuldades temporárias ou definitivas de locomoção para chegar até uma unidade de saúde podem contar com o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Atualmente o serviço presta assistência a 245 pacientes na Capital.

A Atenção Domiciliar tem a finalidade de proporcionar ao usuário um cuidado mais próximo da rotina da família, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de infecções.

Em João Pessoa, esses pacientes contam com sete equipes multiprofissionais de Atenção Domiciliar formadas por médico, fisioterapeuta, enfermeiro e técnicos em enfermagem, além de quatro equipes de apoio formadas por psicólogo, assistente social, nutricionista e farmacêutico.

O coordenador do Serviço, Rafael Medeiros, explica que um dos principais objetivos é a desospitalização. “Essa é uma de nossas prioridades. Tirar do ambiente hospitalar aquele paciente estável e que pode fazer o restante de seu tratamento em casa. Para isso, uma equipe vai até o hospital em que o paciente está internado, na Rede Pública de Saúde, e avalia se ele já pode ser atendido em sua residência”, afirmou.

A assistência prestada em casa acontece com periodicidades distintas conforme a necessidade do usuário do serviço. Quando um paciente precisa ser visitado semanalmente ou num espaço mais curto de tempo, ele deverá ser acompanhado pelas equipes específicas da Atenção Domiciliar.

Já nos casos em que o paciente só precisa ser visitado uma vez ao mês, por exemplo, quando está mais estável, este cuidado pode ser realizado por uma equipe da Atenção Domiciliar ou pela equipe de Saúde da Família de sua região.

“Há vários tipos de casos entre os pacientes que atendemos. Pode ser um paciente crônico, que não é reabilitável, a exemplo de um paciente tetraplégico, que não temos como dar alta e precisamos monitorar. Mas também temos pacientes reabilitáveis”, disse o coordenador do serviço.

O aposentado José Ferreira dos Santos, de 82 anos de idade, é atendido por uma equipe do SAD há aproximadamente um ano. Em decorrência do mal de Halzheimer e três Acidentes Vasculares Cerebrais, o paciente já não se locomove sozinho e tem dificuldades de comunicação.foto-ivomar-gomes-pereira-1

Para sua filha, Moselita Ferreira, a atenção dos profissionais chegou em boa hora. “Eles me ajudam em todos os sentidos, principalmente me orientando como eu devo cuidar do meu pai. Eu me sentia de mãos atadas, sem saber o que fazer. Tinha dificuldades até pra fazer um curativo. Mas com o SAD, além do meu pai ser atendido em casa, eu e minha mãe também aprendemos a melhor forma de cuidar dele”, disse Moselita.

Integrante da equipe que atende a José Ferreira, a enfermeira Renale Casado destaca a importância do cuidador para o trabalho do SAD. “Inicialmente ele era visitado uma vez por semana ou mais, à medida que ele foi evoluindo e ficando mais estável, nós também diminuímos a frequência de visitas. Mas o que favorece a gente saber se ele está precisando de mais ou menos assistência é também o contato com o cuidador, que repassa se o paciente precisa de maior intervenção”, afirmou.

Serviço- Para ter acesso ao serviço, o paciente ou algum familiar deve entrar em contato com sua equipe de Saúde da Família para que, durante uma visita, seja avaliada a necessidade da Atenção Domiciliar e realizada a solicitação para o SAD.

Todas as visitas das equipes de Atenção Domiciliar são previamente agendadas e acontecem de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h.