SMS oferta atendimento pautado no acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco

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Rebeka Paiva

Mazinho Gomes Fotografo DRT/RJ 15855

Mazinho Gomes Fotografo DRT/RJ 15855

Buscando prestar uma assistência cada vez mais humanizada, fortalecendo a relação entre profissional de saúde e população, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), colocando em prática a Política Nacional de Humanização, realiza, nos serviços da Atenção Básica, o acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco junto aos usuários.

Acolher é reconhecer o que o usuário traz como legítima e singular necessidade de saúde. O acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho, e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva.

Escuta qualificada é a escuta oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário. Funciona no sentido de garantir o acesso oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das práticas de saúde. Isso assegura que todos sejam atendidos com prioridades a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco.

Gilliard Abrantes, gerente da Atenção Básica da SMS, explica que para facilitar o acesso da população, as equipes de saúde da família adotam o dispositivo técnico- assistencial da escuta qualificada por classificação de risco. “O acolhimento das Equipes de Saúde da Família, não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde, já a escuta qualificada por classificação de risco, necessita de um espaço adequado e restrito para uma escuta técnica, clínica e humana”, explica Gilliard Abrantes.

Cada Equipe de Saúde da Família cria seus protocolos de atendimento ou utilizam de protocolos já existentes para fortalecer e potencializar o acesso aos serviços de saúde para a comunidade. “É realizada uma escuta e avaliação clinica por profissionais de nível superior da área de saúde, no sentido de estratificar o atendimento pela demanda mais emergencial, mas sem deixar de acolher e garantir o acesso de todas as pessoas que procuram o serviço”, ressalta o gerente da Atenção Básica.

Ainda de acordo com Gilliard Abrantes, os procedimentos de acolhimento e classificação de risco permitem ofertar a população um cuidado mais próximo. “Melhora e fortalece o olhar integral para a comunidade, levando em consideração o dispositivo da clinica ampliada, além de potencializar o aperfeiçoamento do trabalho em equipe com a integração e complementaridade das atividades exercidas por cada categoria buscando o atendimento por riscos apresentados, complexidade do problema, grau de saber e tecnologias exigidas para a solução”, destaca.

O acolhimento e classificação de risco também é ofertado nos outros serviços da rede municipal de saúde. Nos Centros de Atenção Integral a Saúde (Cais) o acolhimento é realizado diariamente a fim de facilitar o acesso à população através da regulação de consultas e exames. Os usuários já chegam ao serviço com suas consultas marcadas das Unidades de Saúde da Família (USF) e/ou Distritos Sanitários e são recebidos nos serviços com o agendamento no sistema de regulação efetivado.

Na Rede Hospitalar, é colocado em pratica tanto o acesso à demanda espontânea com a escuta qualificada por classificação de risco, como também através da regulação, dependendo apenas do modelo assistencial do hospital, que pode ser porta aberta (demanda espontânea) ou porta fechada (apenas através de marcação).