SMS participa de ação integrada de monitoramento do vírus Ebola
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa participará de ação integrada com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Secretaria Estadual de Saúde (SES), Porto de Cabedelo e Aeroporto Castro Pinto para os cuidados e monitoramento de possíveis casos de contaminação de paraibanos pelo vírus Ebola, que atualmente está em situação epidemiológica em países africanos.
Durante reunião realizada na semana passada com as instituições envolvidas no plano de ação, ficou definido que possíveis casos de pessoas infectadas pelo vírus em João Pessoa deverão ser encaminhados para o Hospital Universitário Lauro Wanderley ou o Hospital Clementino Fraga, ambos são referências estaduais para doenças infecto-contagiosas.
Dentro a ação integrada, a Anvisa deverá informar às secretarias de saúde do Estado e do Município sobre o possível desembarque, por meio de porto ou aeroporto, de pessoas dos quatro países que estão em monitoramento: Líbéria, Nigéria, Guiné e Serra Leoa.
A SMS estará focada nas ações de vigilância epidemiológica e sanitária dentro da Capital, em parceria com a SES, que ficará responsável, também, pela divulgação de informações e orientações sobre a doença à população.
De acordo com gerente de Vigilância em Saúde da SMS, Daniel Batista, as ações fazem parte de um plano já executado em outras ocasiões envolvendo a entrada de estrangeiros na região, como a Copa do Mundo e a RoboCup, realizadas este ano.
“A principal preocupação é manter uma vigilância no território em relação a indivíduos com possíveis suspeitas de contaminação e que venham dos países que estão em monitoramento”, explicou o gerente de Vigilância em Saúde da SMS.
Daniel destacou, ainda, que o plano de ações para emergências em saúde pública para agravos de interesse internacional será executado conforme o Regulamento Sanitário Internacional (RSI-2005), o qual estabelece as normas que todo porto e aeroporto devem seguir.
O que é o Ebola – O vírus Ebola produz uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até os 90%. São sintomas típicos da doença: febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta, vômitos, diarréia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal e, em alguns casos, hemorragia tanto interna como externa.
O período de incubação, ou o intervalo de tempo entre a infecção e o início dos sintomas, pode variar de um até 21 dias. Os pacientes tornam-se contagiosos apenas quando começam a apresentar os sintomas. A confirmação dos casos de Ebola é feita por exames laboratoriais específicos.
Não há tratamento específico que cure o Ebola. Alguns tratamentos experimentais têm sido testados, mas ainda não estão disponíveis para uso geral. Os pacientes de Ebola requerem tratamento de suporte intensivo, realizado em hospitais de referência para tratamento de doenças infecciosas graves.
Para ajudar a controlar a propagação do vírus, as pessoas suspeitas ou confirmadas de ter a doença devem ser isoladas de outros pacientes e tratadas por profissionais de saúde usando equipamentos de proteção.