SMS realiza desratização e combate ao Aedes aegypti em Engenho Velho
Nesta quinta-feira (18), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz), realiza uma ação contra a leptospirose na Comunidade Engenho Velho, em Gramame. Na mesma ocasião, os agentes de Vigilância Ambiental darão orientações em relação ao caramujo africano e pesquisarão focos do Aedes aegypti. A ação, que começa às 14h, contará, também, com uma equipe da Autarquia de Limpeza Urbana (Emlur).
O combate à leptospirose por meio da desratização tem sido realizado pela Gvaz em diversos bairros e setores específicos de João Pessoa. A doença é transmitida pela urina do rato e já provocou a morte de duas pessoas no município – que teve, até junho passado, seis casos confirmados neste ano.
Os focos de mosquito da dengue serão outro alvo na ação desta quinta. “Nosso trabalho nesse sentido tem sido intenso, com batidas em vários bairros da cidade, além de uso de ovitrampas, visitas casa a casa e realização de levantamentos de infestação”, disse Nilton Guedes, gerente da Gvaz.
Esquistossomose – A Comunidade Engenho Velho também está passando por uma investigação de casos de esquistossomose, iniciada pela Gvaz na segunda passada, com a distribuição de coletores para a realização de exames parasitológicos na população local. “Não podemos eliminar os caramujos de água doce, responsáveis pela transmissão da doença, mas temos como nos prevenir contra a doença, e por isso estamos fazendo os exames e realizando um trabalho educativo no local”, explicou Nilton.
A esquistossomose é causada pelo parasita Schistossoma mansoni, que tem a espécie humana como hospedeiro definitivo – os caramujos de água doce são os hospedeiros intermediários.
Caramujo africano – Além da desratização, do combate à esquistossomose e da pesquisa de focos da dengue, os agentes da Gvaz darão esclarecimentos sobre como proceder com os caramujos africanos que têm surgido em abundância no local. “Esses caramujos invadem casas e hortas, sobem em árvores e paredes e se reproduzem com muita facilidade. Não são os mesmos que transmitem a esquistossomose”, esclareceu o gerente.
O caramujo africano foi introduzido no Brasil no final da década de 1980, importado ilegalmente do leste e nordeste africanos como um substituto mais rentável do escargot. A proliferação do animal causou impactos negativos à natureza e à economia (e também pode ser perigoso para a saúde humana).
Para o controle, a principal providência é a catação. “O uso de pesticidas não é recomendado, em função da alta toxicidade dessas substâncias. A melhor opção é a catação manual com as mãos protegidas com luvas ou sacos plásticos. Depois, é só colocá-los em um balde com água e sabão, um ambiente no qual eles não sobrevivem”, explicou Nilton.