SMS realiza desratização e combate ao Aedes aegypti no Alto do Mateus

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Nesta terça-feira (30), das 8h às 16h, o Alto do Mateus será alvo de uma grande ação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses. O intuito é combater focos do mosquito da dengue e realizar uma desratização na região, para evitar riscos de leptospirose. A ação acontece em todo o bairro, a partir da Escola Estadual Escritor Horácio de Almeida, na Rua Durval Coutinho, onde será instalada uma exposição da Zoonoses.

A ação no Alto do Mateus tem como base o Levantamento Rápido dos Índices de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa), realizado na primeira quinzena deste mês. De acordo com esse estudo, o bairro está entre os que apresentaram Índice de Infestação Predial (IIP) de médio risco, entre 1% e 3,9%. “Haverá mais de 80 agentes no local, fazendo a inspeção de casa em casa”, disse Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental da SMS.

Segundo ele, o local também é propício à leptospirose, doença transmitida por meio do contato com a urina de animais infectados pela bactéria do gênero Leptospira. “Na estação das chuvas, as enchentes e inundações espalham a urina infectada, o que propicia o aumento do número de casos da doença. Como os ratos, camundongos e ratazanas são os principais transmissores, faremos a desratização”, argumentou.

Bairros – A primeira região que recebeu essa ação da SMS foi a do bairro Valentina Figueiredo e adjacências, que apresentou IIP de 1,6%. A ação aconteceu no último dia 19. Os próximos bairros serão Cruz das Armas, Oitizeiro, Alto do Mateus, Jardim Veneza, Mumbaba, Bairro das Indústrias, Varjão e Cristo Redentor.

Exposição de animais – Durante o evento desta terça, a Escola Horácio de Almeida receberá uma exposição que mostra todos os serviços ofertados pela Gerência de Vigilância Ambiental, com observações microscópicas, mostra de animais empalhados e orientações sobre as doenças transmitidas por animais (as zoonoses). Nessa exposição, haverá cães e gatos disponibilizados para a doação, já vacinados e vermifugados. Quem quiser adotar um bichinho, é só levar um documento de identidade e um comprovante de residência.

LIRAa – Para fazer o levantamento, o município de João Pessoa foi dividido em grupos de oito a 11 mil imóveis com características semelhantes – o que deu um número total de 27 áreas. Dessas, 16 apresentaram baixo Índice de Infestação Predial (IIP), entre 0% e 0,9%, enquanto 11 ficaram dentro do estrato de médio risco, com IIP de 1% a 3,9% (tabela completa abaixo). “A cada 100 casas da Capital, uma tem foco de dengue”, disse Nilton.

Em relação aos criadouros encontrados pelo LIRAa, os mais frequentes são os depósitos no nível do solo (latas, toneis, barris, cisternas, tanques, baldes etc.), com 56,6%. Em segundo lugar, com 15,5% de frequência, vieram os depósitos móveis, como vasos, frascos com plantas e bebedouros de animais.

Ciclo de vida – O Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias no ambiente. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias; durante esse período, o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.