SMS realiza estudo epidemiológico para identificação e diagnóstico de casos de esporotricose

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Estudo epidemiológico realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com o Núcleo de Medicina Tropical do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) e o Ministério da Saúde (MS) aponta que 329 pessoas tiveram exames confirmados para esporotricose, nos anos de 2018 e 2019. A esporotricose humana é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais, em especial os gatos.

Em 2017, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da gerência de Vigilância Epidemiológica (VIEP) identificou os primeiros casos em João Pessoa, com aumento no número de ocorrências em 2018. A partir daí, teve início a avaliação e o monitoramento dos casos.

De acordo com o gerente da Vigilância Epidemiológica da SMS, Daniel Batista, foi elaborada a Ficha Municipal de Notificação Individual de Esporotricose Humana, seguindo orientação do Ministério da Saúde. “Demos continuidade aos casos suspeitos, revisando mais de dois mil registros de exames laboratoriais e pouco mais de 400 registros hospitalares, em colaboração dos profissionais do Hospital Universitário, referência no diagnóstico e tratamento da doença”, destacou

“Elaboramos uma agenda positiva para identificar e diagnosticar casos suspeitos para doença e tratar os casos confirmados. Nosso trabalho tem sido feito em parceria com o laboratório do HULW, com qualificação de técnicos da Vigilância Epidemiológica do município para auxiliar no diagnóstico dos pacientes”, informou Danielle Lucena, chefe da Seção de Doenças Transmissíveis da SMS.

O município de João Pessoa é referência de diagnóstico para esporotricose em todo Estado da Paraíba. “Atualmente, temos apenas um equipamento de saúde que realiza atendimento clínico e laboratorial para casos suspeitos. Dessa forma, temos dialogado para ampliar e qualificar outros municípios para avaliar casos suspeitos e, quando necessário, já haver o encaminhamento para tratamento”, informou Daniel Batista. A equipe da Vigilância Epidemiológica de João Pessoa identificou pouco mais de 70 casos confirmados de outros municípios paraibanos”, completou.

Referência para diagnóstico – A avaliação clínica pode ser por um médico das Unidades de Saúde da Família (USF) ou Policlínicas Municiais. O tratamento deve ser realizado com orientação e acompanhamento médico. A duração do tratamento pode variar de três a seis meses, ou um ano, até a cura do paciente.

Isolamento do animal – Todo animal doente com suspeita de esporotricose precisa ser isolado das pessoas e de outros animais. As manifestações clínicas mais observadas no gato são feridas localizadas na face, especialmente no focinho, orelhas e patas, embora possam estar localizadas em qualquer parte do corpo do animal. Também podem apresentar áreas de alopecia (sem pelo). O uso de luvas é recomendado no manuseio do animal.  Este deverá ser levado ao veterinário para a confirmação do diagnóstico e tratamento.