SMS realiza exposição para adoção, vacinação e castração de cães e gatos

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A Secretaria de Saúde de João Pessoa (SMS) realiza neste sábado (2) uma exposição para a adoção de cães e gatos, das 8h às 16h, na Rua Flodoaldo Peixoto, próximo ao terminal de integração do Valentina Figueiredo. Na ocasião haverá também vacinação antirrábica, coleta de sangue de cães para exame de leishmaniose e cadastro para castração dos animais.D

O evento é uma parceria da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) da SMS com a Associação de Proteção Animal Amigo Bicho (Apab) e de protetores independentes.

De acordo com a Gvaz, este ano já foram registradas 399 adoções de cães e gatos nas exposições promovidas pela SMS. O gerente do setor, Nilton Guedes, explica que o número é ainda maior, quando se inclui os animais que são deslocados direto das ONG parceiras para as exposições. “Nos últimos meses, temos realizado muitas parcerias com as ONGs. Então, vários animais são adotados de uma pessoa para outra sem chegarem a ser cadastrados”, afirmou Nilton.

As exposições continuarão sendo realizadas com frequência, em pontos diversos da cidade. O objetivo é dar nova vida aos animais abandonados nas ruas pelos próprios donos – e que, se ficarem nas ruas, podem contrair doenças, como por exemplo a raiva.

Para adotar um animal, o interessado deve ter 18 anos, apresentar um documento de identidade com foto e comprovante de residência e, participar de uma orientação sobre o bem e posse responsável do animal com a equipe da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Castração – Somente no primeiro semestre deste este ano, a Gvaz já realizou a castração de 456 animais. O número já ultrapassou o total do ano passado, quando foram castrados 222 cães e gatos. “As castrações são importantes para o controle populacional de animais. Inclusive, grande parte dos animais adotados já sai da unidade castrados”, observou Nilton Guedes.

Leishmaniose canina – É uma doença mortal e de fácil diagnóstico, pois um cão pode estar infectado e não mostrar nenhuns sintomas exteriores. Mesmo sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epidemias de origem parasitária do mundo, focos de leishmaniose visceral canina continuam a se expandir pelo mundo.

No homem, a doença tem sua evolução longa, que pode durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Provoca febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen, devido ao aumento do fígado e do baço.

A transmissão da leishmaniose visceral acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos infectados (conhecidos como mosquito palha ou asa-dura) picam cães ou outros animais contaminados e depois picam o homem, levando  o protozoário para a corrente sanguínea humana. No homem, a doença ataca vários órgãos internos, principalmente o fígado e o baço.

A rede municipal fornece exame gratuito à população através da Gvaz. Como se trata de uma doença de risco à saúde pública, além da demanda passiva (o usuário leva o animal na unidade para fazer o exame), é feito o controle por meio de demanda ativa nas áreas que tenham a presença flebótomo, inseto transmissor da doença. O cão é considerado o principal reservatório doméstico.

Antirrábica – A vacinação é a única forma de prevenir que o animal venha desenvolver a raiva e transmiti-la ao homem. A raiva animal é causada por um vírus que ataca diversos animais, inclusive o homem. Quase 100% das pessoas que adquirem a doença chegam a óbito. O cão, o gato e o morcego são os principais transmissores da raiva em áreas urbanas.

Quando uma pessoa é agredida por um animal, é importante lavar bem a ferida com bastante água e sabão (amarelo) e procurar imediatamente uma Unidade de Saúde. A recomendação é não matar o animal e pedir orientação à Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, através dos telefones 3218-9357 ou 3214-3459.