Transporte Escolar da Rede Municipal de Educação serve como exemplo para faculdade de medicina
Alexandre Quintans
A Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) de João Pessoa, por meio da coordenação de Transporte Escolar Acessível (TEA), recebeu na manhã desta sexta-feira (12), no Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria, a visita de alunos do 5º período de medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene).
“Quando tivemos conhecimento desse projeto achei uma ótima oportunidade de conhecerem esse serviço uma vez que, quando estiverem formados, vão estar inseridos nas unidades básicas de saúde do município”, disse a professor da faculdade, Sônia Gusmão.
A visita faz parte da disciplina Saúde Pública – Integração de serviço, ensino e comunidade. Neste período eles estudam saúde mental onde tem a oportunidade de conhecer ações como esta desenvolvida na Sedec.
Em um primeiro momento, a turma assistiu explicações de como funciona o TEA, a legislação, logística de atendimento em 28 bairros, a inclusão dos alunos, o trabalho realizado pelos 13 motoristas e monitores, os requisitos para que um aluno seja assistido, além de poderem interagir fazendo perguntas.
“No final sai ganhando todo mundo. Esses jovens serão futuros médicos, então eles precisam saber qual a função do laudo que ele vai emitir para uma criança dessa que atendemos e como é a realidade delas. Só temos que agradecer a Famene pela sensibilidade que eles tiveram com nosso programa”, falou o coordenador do TEA, Feuber de Farias Lima.
Em um segundo momento os alunos vivenciaram na prática como são feitos os procedimentos dentro do ônibus. Eles contaram também com explicações dos motoristas e monitores que relataram como é o dia a dia e o cuidado com cada um.
Uma realidade que fazia parte de um universo desconhecido para o estudante de medicina João Antônio Alves Gonçalves. “É necessário a pessoa conhecer mesmo, vivenciar e sentir na pele, para sabermos na prática como fazer que uma pessoa com deficiência se sinta incluída e mais dentro da sociedade”.
João Antônio também fez questão de relatar o empenho de cada profissional que trabalha nos 12 ônibus acessíveis. “Eu percebi no rosto de cada um o empenho deles e o amor que eles tratam essas crianças como se fossem filhos deles”, ressaltou.