UPA do Valentina já realizou mais de 220 mil atendimentos desde que foi inaugurada

Por Thibério Rodrigues - em 1822

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O número de pessoas atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento na Capital aumentou em mais de 130% desde que a UPA Célio Pires de Sá começou a funcionar, em agosto de 2014. Até então, eram realizados seis mil atendimentos ao mês neste tipo de serviço, quando só havia a UPA Oceania, no bairro de Manaíra. Atualmente, são realizados mais de 14 mil atendimentos mensais somando as duas unidades.

Desde a inauguração até este mês de novembro, a UPA Célio Pires de Sá, localizada no bairro Valentina Figueiredo, já registrou mais de 220 mil atendimentos. Ou seja, são 8,1 atendimentos realizados ao mês nessa unidade, que recebe, além dos pessoenses, pacientes de outros municípios paraibanos.

Para a diretora geral da UPA Célio Pires de Sá, Najara Rodrigues, a principal melhoria que o serviço trouxe pra população é o atendimento de qualidade de urgência e emergência. “Podemos falar especialmente da população da zona Sul, que é o maior distrito sanitário do município de João Pessoa”, afirmou.

Uma das pessoas beneficiadas é a aposentada Maria de Fátima Araújo, que já precisou dos serviços da UPA mais de uma vez. Ela disse que o serviço melhorou muito a assistência para os moradores da zona Sul. “Eu estava com uma forte dor de cabeça, mas fui atendida pela equipe e depois voltei pra casa mais tranquila. Antes era mais difícil ter um atendimento rápido porque eu precisava me deslocar pra mais longe”, disse.

A UPA Célio Pires de Sá possibilitou a melhoria em outros serviços da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desafogando os atendimentos nos hospitais da rede pública como o Complexo Hospitalar de Mangabeira e Hospital Municipal Valentina, que mudou seu perfil para atendimento pediátrico. “Além dos hospitais, vale citar a própria UPA Oceania que, apesar de estar distante, também atendia ao público da zona Sul, pois até então só havia ela”, observou Najara Rodrigues.

Ao todo, cerca de 300 funcionários trabalham ininterruptamente para a prestação de serviços voltado ao tratamento do processo saúde-doença de urgência e emergência de forma humanizada. São médicos (clínicos gerais e pediatras), enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos, bioquímicos e técnicos de diversas especialidades. A UPA funciona 24 horas por dia.

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Nova UPA – Além das UPAs nos bairros de Manaíra e Valentina Figueiredo, o prefeito Luciano Cartaxo anunciou a inauguração da UPA Augusto Almeida Filho, no bairro de Cruz das Armas, para o dia 28 de dezembro deste ano. Com um investimento de mais R$ 6,2 milhões, a atual gestão amplia de uma para três UPAS na cidade e melhora a qualidade dos serviços de saúde na Capital.

Classificação de risco – O atendimento nas UPAs é realizado por meio de protocolo de classificação de risco. O acolhimento dos pacientes é dividido em quatro cores que identificam o tipo de atendimento. A área vermelha corresponde aos atendimentos de emergência, a exemplo de pacientes com parada cardiorrespiratória, infarto agudo do miocárdio ou convulsões.

Já na área amarela ficam os pacientes que estão em observação e investigação do quadro clínico, enquanto para a verde são encaminhados casos de urgência. Os usuários classificados como azul, por não se tratar de urgência e emergência, são encaminhados para as Unidades de Saúde da Família (USF).

Casos atendidos nas UPAs – Febre (maior que 37,5°); constipação (≥05 dias); agressões sexuais; hipotermias; pico hipertenso; hipotensão; dores de cabeça; dores abdominais; dor testicular; desconforto respiratório; dor lombar; sangramentos de qualquer natureza e disúria (dificuldade ou desconforto ao urinar). Também são atendidos casos de confusão mental; acidentes causados por animais; desidratações; intoxicações de qualquer natureza; desmaios; vômitos; diarreia; cianoses; resfriado (a partir de três dias); agressões sexuais; palpitações cardíacas; taquicardias; bradicardias; alergias cutâneas disseminadas agudas; convulsões recentes; precordialgia (dor no coração); dor torácica; alteração na fala; diabetes (hipoglicemia e hiperglicemia) e afogamentos.