Verão tem início nesta quarta e médicos alertam para os cuidados específicos da estação

Por Luiz Carlos Lima - em 742

A temporada de calor intenso se inicia nesta quarta-feira (21), cuja data marca o começo do Verão. Junto com as altas temperaturas, a estação também acende o alerta para diversas patologias típicas como desidratação, fungos e doenças de pele. A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) oferece serviços especializados para tratar as doenças e os médicos da rede municipal de saúde alertam para os cuidados específicos para os próximos três meses.

O excesso à exposição solar é o grande vilão da temporada. A lista de prejuízos inclui desidratação, rugas e marcas profundas, envelhecimento da pele, perda de elasticidade, pigmentação excessiva, além do aparecimento de sardas, que podem indicar uma pré-disposição para o aparecimento do câncer de pele. A umidade do suor e das roupas molhadas também facilita a proliferação de fungos, especialmente em doenças como candídiase.

A principal consequência da exposição excessiva ao sol é a desidratação que, dependendo da intensidade, pode provocar diarréia e vômito. No caso mais acentuado, se a pessoa passar mal, tem que ir para um hospital e tomar soro. A desidratação pode ser perigosa, principalmente em pessoas mais idosas e nas mais novas. Diante de um quadro de vômitos e tonturas a pessoa deve procurar uma unidade básica da saúde na Capital.

Cuidados com a pele – A dermatologista da rede municipal de saúde, Elen Lima de Souza, esclarece que os danos causados pelo sol têm efeitos imediatos e em longo prazo. “A exposição excessiva ao sol provoca como efeitos imediatos a vermelhidão, o aparecimento de bolhas e até queimaduras de segundo grau. Os efeitos a longo prazo são mais preocupantes e podem ser letais como o câncer de pele, mas também há de se ter cuidado com o fotoenvelhecimento e manchas causadas pelo sol”, destacou.

A dermatologista ainda alerta que com tantos prejuízos é indispensável uma série de cuidados diários para amenizar o impacto do excesso de radiação solar. Além de protetores solares – deverão ser usados de acordo com o tipo de pele -, o uso de roupas apropriadas e acessórios como chapéus e óculos também produzem efeito protetor. “A precaução deve ser feita não só pelas pessoas que gostam de se expor ao sol nas praias. No cotidiano, quem precisa se deslocar também precisa se proteger”, revela Elen Lima

Candidíase – Com a chegada do verão cresce o número de mulheres e crianças com inflamações causadas por um fungo: a cândida. A candidíase, como é conhecida a doença, é comum nesse período, pois aumenta a temperatura e umidade. Roupas de banho molhadas facilitam a proliferação dos fungos, que podem contaminar também os homens, eles são os transmissores da doença.

De acordo com o ginecologista e obstetra, Juarez Augusto, diretor técnico do Instituto Cândida Vargas (ICV) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), o calor e umidade causa alteração na acidez da vagina e assim reduz a defesa da flora de proteção. Outro fator de transmissão ocorre por meio da relação sexual sem o uso de preservativo. “Isso ocorre porque o contato pele a pele modifica a flora vaginal, diminuindo assim a proteção e facilitando o aparecimento da doença”, explicou.