Zoonoses alerta sobre responsabilidade de adquirir um animal de estimação

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Mônica MeloAdoçãodeAnimais_foto_CornélioLima 048

Para muitas pessoas é difícil resistir ao charme e ao carinho dos filhotes de cães e gatos. Como conseqüência, muitos acabam comprando ou adotando algum desses animais por impulso. O que essas pessoas esquecem é que levar para casa um bichinho representa uma nova responsabilidade pelos próximos 14 anos, média da expectativa de vida de um cão doméstico, por exemplo.

Em João Pessoa, muitos donos arrependidos ou abandonam os bichos a própria sorte ou os deixam no Centro de Zoonoses. “Quando chega o período de férias ou grandes feriados aparecem lá pessoas para deixar animais com os mais diversos argumentos”, confirma o gerente do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, Nilton Guedes.

Guedes alerta que é necessário que as pessoas entendam que o Centro de Zoonoses não é abrigo para animais e que todos que são deixados no local, são avaliados e encaminhados para adoção, ou seja, quem abandonar um animal e se arrepender corre o risco de não encontrá-lo mais. “Os candidatos a adoção passam por uma entrevista justamente para saber se a pessoa tem consciência de todas as responsabilidades que implica criar um animal”, reforça Guedes.

Existem opções de lugares onde as famílias podem deixar seu cão ou gato, como hoteizinhos especializados, onde o bicho vai ter todo o cuidado de que necessita enquanto espera seu tutor voltar de férias. Uma alternativa também é deixar o animal com alguma pessoa de confiança, que esteja acostumada a cuidar de bichos e que more em uma casa segura para eles, sem acesso fácil à rua, por exemplo.

Atualmente mais de 30 milhões animais vagam sozinhos nas ruas do Brasil, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. No período de férias de verão o número de animais abandonados pode aumentar em até 30% segundo dados da Associação de Proteção Animal Amigo Bicho (APAAB). Vale lembrar que o abandono de animais está previsto tanto no Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê até um ano de prisão, quanto no Artigo 164 do Código Penal, através do qual pode-se passar até seis meses na cadeia pelo mesmo motivo.