Zoonoses ministra curso sobre Leishmaniose para os Agentes de Vigilância Ambiental
O Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está realizando um curso para atualização sobre os cuidados e controle da leishmaniose e bons tratos com animais. O curso é voltado aos Agentes de Vigilância Ambiental do município, já que eles lidam diretamente com a população.
De acordo com gerente do Centro, Nilton Guedes, o curso é uma oportunidade de esclarecer dúvidas dos agentes e instruí-los como proceder ao se depararem com animais possivelmente infectados.
“Através do conhecimento é que iremos prestar um melhor serviço. Nossos profissionais estão sendo capacitados para prestar um melhor serviço para toda a população,” comentou Nilton Guedes.
A agente ambiental de saúde do distrito III, Janielle Carneiro está participando da atualização e comenta sobre sua importância. “Vai facilitar meu trabalho já que vou poder esclarecer melhor as duvidas da população e até identificar com mais segurança casos de leishmaniose”, disse a agente.
Nesta quinta-feira (22) aconteceu a primeira parte do curso, com palestras e uma mesa redonda para discussão do tema e retirada de dúvidas. A segunda parte consistirá na parte prática, onde os agentes poderão conhecer a rotina e funcionamento do Cvaz antes de serem encaminhados ao contato com a população.
“Com a atualização desses agentes vamos ter um maior conhecimento sobre os casos de infestação. Os agentes são nosso principal elo com a população e é através das informações passadas por eles que podemos realizar melhor nosso trabalho” comentou o médico veterinário do Centro, Marcelino Xavier.
Leishmaniose canina– É uma doença mortal e de fácil diagnóstico, pois um cão pode estar infectado e não mostrar sintomas exteriores. Mesmo sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epidemias de origem parasitária do mundo, focos de leishmaniose visceral canina continuam a se expandir pelo mundo.
No homem, a doença tem sua evolução longa, que pode durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Provoca febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, e inchaço do abdômen, devido ao aumento do fígado e do baço.
Transmissão – A transmissão da leishmaniose visceral acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos infectados (conhecidos como mosquito palha ou asa-dura) picam cães ou outros animais contaminados e depois picam o homem, levando o protozoário para a corrente sanguínea humana. No homem, a doença ataca vários órgãos internos, principalmente o fígado e o baço.
A rede municipal fornece exame gratuito à população através da GVAZ. Como se trata de uma doença de risco à saúde pública, além da demanda passiva, quando o usuário leva o animal na unidade para fazer o exame, é feito o controle por meio de demanda ativa nas áreas que tenham a presença flebótomo, inseto transmissor da doença. O cão é considerado o principal reservatório doméstico.