Zoonoses realiza ação para adoção de animais e prevenção de Leishmaniose na Lagoa

Por Rebeka Paiva - em 1147

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Quem tem interesse em ter um animal de estimação, a adoção é uma opção para adquirir o bichinho. Neste sábado (12), no Parque da Lagoa, das 8h às 12h é uma oportunidade para adotar um novo integrante da família, pois a Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (GVAZ) estará realizando mais uma feira para adoção de animais.

Cães e gatos estarão em exposição aguardando para ganhar um novo lar. Todos os animais disponíveis para adoção estão saudáveis e imunizados os acima de três meses. Os animais em exposição para adoção foram resgatados de maus-tratos e abandonados, provenientes do Centro de Zoonoses, das ONG´s de Proteção Animal e de Protetores Independentes.

A ação também é em alusão a Semana Nacional de Controle da Leishmaniose e é uma realização da GVAZ em parceria com a marca MSD Saúde Animal. Além dos animais para adoção, também serão realizados testes para Leishmaniose canina, vacinação antirrábica e orientações sobre educação em saúde voltadas para o cuidado e prevenção de doenças nos animais.

Adoção – Para adotar um animal, o interessado deve ter 18 anos, apresentar um documento de identidade com foto, comprovante de residência e participar de uma orientação sobre o bem e posse responsável do animal com a equipe da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Leishmaniose canina– É uma doença mortal e de fácil diagnóstico, pois um cão pode estar infectado e não mostrar nenhum dos sintomas exteriores. Mesmo sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epidemias de origem parasitária do mundo, focos de leishmaniose visceral canina continuam a se expandir pelo mundo.

No homem, a doença tem sua evolução longa, que pode durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Provoca febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, e inchaço do abdômen, devido ao aumento do fígado e do baço.

A transmissão da leishmaniose visceral acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos infectados (conhecidos como mosquito palha ou asa-dura) picam cães ou outros animais contaminados e depois picam o homem, levando  o protozoário para a corrente sanguínea humana. No homem, a doença ataca vários órgãos internos, principalmente o fígado e o baço.

A rede municipal fornece exame gratuito à população através da GVAZ. Como se trata de uma doença de risco à saúde pública, além da demanda passiva (o usuário leva o animal na unidade para fazer o exame), é feito o controle por meio de demanda ativa nas áreas que tenham a presença de flebótomo, inseto transmissor da doença. O cão é considerado o principal reservatório doméstico.

Vacinação antirrábica – A vacinação é a única forma de prevenir que o animal venha desenvolver a raiva e transmiti-la ao homem. A raiva animal é causada por um vírus que ataca diversos animais, inclusive o homem. Quase 100% das pessoas que adquirem a doença chegam a óbito. O cão, o gato e o morcego são os principais transmissores da raiva em áreas urbanas.

Quando uma pessoa é agredida por um animal, é importante lavar bem a ferida com bastante água e sabão (amarelo) e procurar imediatamente uma Unidade de Saúde. A recomendação é não matar o animal e pedir orientação à Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, através dos telefones 3218-9357 ou 3214-3459.