Projeto ecológico da PMJP incentiva descarte correto do óleo de cozinha
O descarte incorreto do óleo de cozinha pode causar diversos contratempos à população e ao meio ambiente. Para resolver esse problema, a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) desenvolve, desde 2008, o projeto “Não Vai Pelo Ralo”. Este trabalho tem o objetivo de destinar corretamente o óleo de cozinha usado, além de gerar emprego e renda com a promoção de oficinas que ensinam a fabricar sabão ecológico a partir do material coletado.
De janeiro deste ano até a primeira quinzena de novembro, o projeto já credenciou 35 novos estabelecimentos na Capital. Com estas adesões, a Emlur recolhe uma média de 300 litros de óleo, quinzenalmente, em 44 pontos comerciais. Outros pontos também têm seu óleo coletado pela iniciativa privada, que beneficia o produto e o transforma em biodiesel.
Desde 2010, a licença ambiental que permite o funcionamento de estabelecimentos comerciais que produzam este tipo de resíduo está vinculada à necessidade de cadastro junto à Emlur. A partir deste credenciamento, o Departamento de Valorização e Recuperação de Resíduos Sólidos (Devar) emite uma declaração atestando o descarte regular da produção de óleo. Apenas com este documento o estabelecimento pode solicitar ou renovar a sua licença na Secretaria do Meio Ambiente (Semam).
De acordo com Elma Xavier, diretora do Devar, o descarte irregular do óleo de cozinha usado causa danos irreparáveis à natureza. “Apenas 1 litro de óleo pode tornar impróprios para o consumo milhares de litros de água”, afirmou a diretora, responsável pelo setor de educação ambiental da Emlur. “Até a primeira quinzena de novembro, já recolhemos 6.435 litros de óleo usado que seriam jogados no meio ambiente”, concluiu Elma.
Em um hotel na praia de Cabo Branco, que participa do projeto desde 2009, o óleo utilizado na cozinha é armazenado em contentores plásticos e recolhido mensalmente por agentes da Emlur. O estabelecimento tem uma produção média de 40 litros por mês, mas, em meses da alta estação, chega a triplicar estes números. Já em um supermercado localizado na Avenida Epitácio Pessoa, que disponibiliza um local para descarte do óleo pela população, cerca de 30 litros são coletados semanalmente.
Impactos ambientais – O óleo de cozinha, quando é jogado no ralo ou em caixas de gordura, promove uma série de transtornos, desde o entupimento dos encanamentos até a poluição de solos, rios e mares, já que o material não é solúvel em água. Este produto cria uma película na água que impede sua oxigenação, causando a morte de animais e vegetais.
Renda extra – Além do trabalho de coleta, a Emlur também realiza ações sociais em comunidades de João Pessoa, entre elas a São Rafael, no Castelo Branco, e a Riachinho, no 13 de Maio. Oficinas de reciclagem de óleo são oferecidas aos moradores, que passam a produzir sabão ecológico e o comercializam na vizinhança, incrementando a renda familiar.
Manuseio – Após a utilização do óleo, deve-se aguardar o resfriamento e depois colocá-lo em um recipiente impermeável. Recomenda-se a utilização de garrafas PET, que evitam o vazamento do produto. Além disso, as garrafas podem ser preenchidas com óleo produzido em diversos dias e, só então, depositadas nos pontos de coleta.
Coleta – O óleo de cozinha pode ser entregue nos seguintes pontos:
– Emlur – Avenida Minas Gerais, 177, Bairro dos Estados
– Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) – antigo Cefet, Avenida 1º Maio, 720, Jaguaribe
– Pontos de coleta dos supermercados Carrefour, Hiper Bompreço, Extra e Pão de Açúcar
– Subprefeitura de Tambaú – Avenida Epitácio Pessoa
Ou nos Núcleos de Coleta Seletiva da cidade:
– Cabo Branco – Avenida Paulino Perito, s/n
– Bessa – Por trás do terminal da linha de ônibus 510
– Jd. Cidade Universitária – Rua Manoel Roberto Nascimento, s/n, Cidade Verde
– Mangabeira – Rua Heronides Adonias Dantas, s/n
– Núcleo 13 de Maio – Avenida Espírito Santo, s/n