PMJP disponibiliza 1º ponto de coleta de lixo eletrônico da Capital

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A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) disponibiliza à população o primeiro ponto de coleta de lixo eletrônico da cidade. A entrega de equipamentos deve ser feita no prédio de apoio da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), localizado na Rua Gouveia Nóbrega, no Roger, em frente ao Parque Arruda Câmara (Bica). Em apenas uma semana já foram arrecadadas 3,85 toneladas de equipamentos.

De acordo com o coordenador de resíduos finais da Emlur, Edmilson Fonseca, todo o material entregue no ponto de coleta será transportado para a RCTec Resíduos Eletrônicos. A empresa está responsável por dar um destino apropriado aos resíduos, que serão reciclados em outros estados do Brasil e até em Cingapura, podendo ser reutilizados como matéria prima ou como produto final, no caso de baterias de celulares e de notebooks.

“O posto de coleta já está em funcionamento e a população já pode se dirigir para entregar os materiais que já não são mais úteis, como monitores, teclados, mouses, CPUs, notebooks, celulares e baterias recarregáveis. Havia a necessidade deste tipo de ação em João Pessoa porque as pessoas não sabiam como dar um fim aos equipamentos eletrônicos”, diz Edmilson Fonseca. No ponto de coleta o material é classificado por tipo e será transportado com frequência quinzenal ou mensal para RCTec.

No último sábado (4), o superintendente da Emlur, Coriolano Coutinho, firmou uma parceria com a RCTec Resíduos Eletrônicos, pelo recebimento, separação e destinação de materiais eletrônicos. Na ocasião, a população pessoense apoiou a campanha da PMJP e doou equipamentos como monitores, CPU e impressoras, de acordo com o proprietário da RCTec, Flávio Costa.

O material recebido foi separado na sede da empresa, em Bayeux, onde é feito o desmonte dos materiais, com a classificação das peças por cada tipo. “Os materiais são vendidos para empresas de reciclagem ou para fábricas que os reutilizam no desenvolvimento de novos produtos. As baterias de celular e de notebook são os únicos produtos que voltam ao mercado com a mesma função, mas todos são aproveitados”, explica Flávio Costa.

Ele destaca que todas as empresas que adquirem os materiais emitem um certificado de reciclagem para a RCTec. A empresa funciona sob autorização da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e mantém convênio com entidades públicas e com empresas privadas, podendo doar alguns equipamentos, quando se encontram em bom estado de conservação.

Veja como funciona a reciclagem de materiais da RCTec

Plástico – é reciclado e volta ao mercado como plástico para qualquer setor.

Ferro – o material é vendido para uma grande indústria do setor da construção civil, sendo utilizado na fabricação de vigas, pregos e parafusos. O ferro é principalmente encontrado nas carcaças do gabinete.

Vidro – os monitores de computadores são descontaminados em uma empresa de São Paulo e transformados em vidro novamente, não necessariamente, em novos monitores.

Placas – o material é reciclado em Cingapura. A reciclagem consiste na captação de metais nobres e pesados. No caso do chumbo, a substância é utilizada nos monitores, por exemplo, mas novas placas podem ser feitas a partir das velhas.