Usina de beneficiamento da PMJP auxilia na sustentabilidade da cidade

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A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) contribui para a devida destinação de resíduos da construção civil, reaproveitando materiais como restos de tijolo e argamassa, que é utilizado na pavimentação de vias da Capital. A iniciativa é realizada através da Usina de Beneficiamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil (Usiben), criada pela Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) e que funciona no bairro do José Américo.

Segundo o engenheiro Edmilson Fonseca, que é gerente de Destinação Final de Resíduos da Construção Civil, a usina beneficia materiais cerâmicos, como tijolo e argamassa, transformando-os em areia (conhecida como bica corrida), e o concreto, que é beneficiado em cascalhinho, brita 19 e brita 25. Todo esse material é utilizado em obras de pavimentação realizadas pela PMJP.

“Na usina há uma separação entre o que é cerâmico e o concreto. Em seguida eles são triturados”, afirma o engenheiro. De acordo com ele, a capacidade de trituração diária é em torno de 100 toneladas, mas a produção ainda não atinge este patamar. Entretanto, Edmilson Fonseca frisa que, com o constante crescimento do setor da construção civil, a produção da Usiben também vai aumentar.

Só no primeiro semestre deste ano, 5.807 metros quadrados de resíduos já foram beneficiados. O número demonstra um crescimento de 38,36% sobre o mesmo período de 2010, quando o beneficiamento foi de 4.197 metros quadrados.

Para o engenheiro, a usina preenche uma lacuna importante na sustentabilidade da cidade, considerando o crescimento da indústria da construção civil de João Pessoa, que é uma dos maiores do Nordeste. Diariamente as empresas que recolhem entulhos na Capital descarregam as caçambas na usina.

“Antes de a usina começar a funcionar, as empresas que recolhem detritos da construção civil não tinham um local para destinar os resíduos e acabavam jogando em terrenos baldios ou em área de preservação ambiental. Era muito comum o despejo em áreas do bairro do Altiplano Cabo Branco, por exemplo”, afirmou o engenheiro.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, afirma que todo construtor tem a obrigação de fazer um plano de remanejamento dos detritos da construção, mas a ação da PMJP age de maneira estratégica na cadeia produtiva.

“A atuação dessa usina é extremante positiva para a indústria da construção civil, à medida que beneficia as construtoras e a população, que fica livre de detritos e a PMJP, que reutiliza o que é beneficiado”, reforçou Irenaldo.

Ampliação – A PMJP tem um projeto de ampliação da usina, com a construção de um galpão onde serão fabricados pré-moldados como blocos de tijolo, placas e tubos.

A equipe de engenharia da Emlur está estudando o projeto de crescimento da usina, bem como a aquisição de materiais necessários para que as atividades sejam realizadas. Entretanto, ainda não há uma definição de quando este será implantado.

A equipe da Usiben é composta por 18 funcionários, entre engenheiro, operadores de máquinas, tratoristas e vigia.