Estudantes e profissionais participam do II Curso de Taxidermia

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taxisdermia (6)Foi encerrado neste domingo (8), no Parque Zoobotânico Arruda Câmara – Bica, o II Curso de Taxidermia, que é a técnica de preservação do animal morto. O curso capacitou estudantes e profissionais das áreas de biologia, veterinária e zoologia.
As aulas do curso aconteceram nos dias 6, 7 e 8 de dezembro e foram ministradas pelo professor João Galdino, presidente do Instituto Harpia de Pesquisa em História Natural, e o diretor do Parque, Jair Azevedo. Durante o curso foram feitas vinte e seis peças e pegadas de mamíferos, répteis,  aves e crustáceos, a maioria animais que vieram a óbito no zoológico e que, depois de feita a necropsia para identificar a causa da morte, foram utilizados para a  taxidermia.
O diretor explicou que os óbitos dos animais ocorreram de forma natural, de velhice ou doenças. “Essa técnica da taxidermia existe para resgatar o aspecto morfológico do animal e o curso serviu também para esclarecer os estudantes quanto às leis de crime ambiental, pois ninguém pode matar um animal para fazer taxidermia”,  informou Jair Azevedo.
As peças taxidermizadas farão parte do acervo do Museu “João Galdino”, nome dado em homenagem ao professor. O espaço foi aberto no início do ano para trabalhar a educação ambiental junto aos visitantes e as escolas, com o objetivo de mostrar a importância desses animais nos ecossistemas onde eles vivem, além de proporcionar para as pessoas a possibilidade de ver, de perto, animais exóticos e silvestres.
Para o professor João Galdino, esta é a função principal do taxidermista, a de museu, como também o estudo da anatomia, fisiologia, comportamento e meio ambiente. “Há vinte e cinco anos eu realizo trabalhos para zoológicos, e há 55 anos que trabalho com animais, por isso posso afirmar que a taxidermia oferece uma gama enorme de conhecimento aos biólogos, veterinários e zootecnistas. Nenhum zoológico do país teve uma evolução tão grande como o de João Pessoa”, afirmou.taxisdermia (1)
João Galdino, além de ser presidente do Instituto Harpia de Pesquisa em História Natural, é diretor proprietário do Museu de Historia Natural de Cornélio Procópio no Paraná e possui um acervo com mais de 6 mil peças taxidermizadas e promove exposições itinerantes.
Participante – Um dos participantes do curso foi Valdir Pereira, que trabalha no Batalhão de Polícia Ambiental da Paraíba há 20 anos. Ele afirmou que é muito importante dedicar-se à área ambiental e de preservação, principalmente pelas futuras gerações.
“Os animais taxidermizados ajudam a levar o conhecimento para as crianças, despertando a curiosidade e permitindo que consigamos atrair a atenção delas, permitindo assim, a conscientização desde pequenas com relação à preservação ambiental. Se não cuidarmos do nosso meio ambiente, só poderemos ver estes animais assim, empalhados”, comentou o aluno.
Técnica – A Taxidermia impede a decomposição do animal. É um procedimento biológico que envolve conhecimentos de Química, Anatomia e Ecologia, buscando preservar desenho, tamanho e características. Com essa técnica, os animais mortos poderão ser utilizados para exibição ou estudo, como instrumento para Educação Ambiental ou outros fins. De origem grega, a palavra taxi, significa fixação, e derma, pele.