Semam elabora o Inventário Arbóreo do Parque Solon de Lucena

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arvores_parquesolondelucena_foto_dayseeuzebio (144)Setecentas e trinta oito árvores e palmeiras foram cadastradas pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), no Inventário Arbóreo do Parque Solon de Lucena. O trabalho foi elaborado pelos técnicos da Diretoria de Estudos e Pesquisas Ambientais (Diep) e da Divisão de Arborização e Reflorestamento (Divar), ambos da Secretaria de Meio Ambiente (Semam).

O Inventário Arbóreo abrangeu todo o Parque, dos canteiros ao anel interno, às margens da Lagoa, com o levantamento de todas as árvores e palmeiras que compõem uma das áreas mais representativas da cidade de João Pessoa. As informações deverão subsidiar o projeto paisagístico de revitalização da Lagoa, coordenado pela Secretaria de Planejamento (Seplan).

O Parque Solon de Lucena tem 738 indivíduos, sendo 527 árvores e 211 palmeiras. Foram catalogadas 47 espécies, sendo 39 de árvores e oito de palmeiras. Em relação às árvores, as três espécies com maior incidência são os Ipês (Handroanthus SP.), com 144 indivíduos, seguidos de Cássia ferruginha (Senna siamea), com 63. e Oitis (Licania tomentosa), com 52 indivíduos. Já em relação às palmeiras, a maior incidência é de Palmeira Imperial (Roystonea oleracea), com 116 indivíduos, seguida de 44 Palmeiras Macaíba (Acromia intumescens), 22 indivíduos palmeira sp. (não identificadas) e outras em quantidades menos significativas.

Do total de 738 indivíduos, quatro espécies (Ipês, Palmeira Imperial, Cássia  Ferruginha e Oiti) representam praticamente a metade do total de plantas catalogadas, somando 367 , indicando a necessidade de investimento na diversidade, ou seja, os técnicos observaram que é preciso plantar novas espécies de árvores na área do Parque. Das 47 espécies catalogadas, 27 são exóticas e 20 nativas.arvores_parquesolondelucena_foto_dayseeuzebio (140)

Para Ricardo Cartaxo, diretor da Diep, “o inventário reafirma o compromisso da Prefeitura com a preservação do patrimônio ambiental e diversidade ecológica da cidade, norteando as ações que contribuirão com a reforma da Lagoa, tornando o cartão postal de João Pessoa ainda mais belo e agradável para a população”, concluiu.

O Inventário Arbóreo da Lagoa envolveu a participação de doze profissionais da Semam, entre engenheiros florestais, ambientais e agrônomos, biólogos, arquitetos, geógrafos e técnicos em geoprocessamento.

Foi feito um levantamento dendométrico preliminar, com cálculo da circunferência do tronco à altura do peito (CAP), diâmetro do tronco à altura do peito (DAP) e ainda a medição do diâmetro da maior projeção da copa e altura estimada de porte das plantas. Ainda será feito uma investigação das condições fitossanitárias das árvores, que indicarão se estão infectadas por fungos, cupins, entre outros problemas. Os dados deverão determinar a intervenção mais adequada no Parque Solon de Lucena, considerando o patrimônio ambiental da área.