Após adaptação novas moradoras da Bica podem ser visitadas

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Estão se adaptando bem ao novo habitat as duas novas moradoras do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, a Bica, que chegaram ao local no último dia 6. As duas fêmeas de primatas brasileiros das espécies Macaco-da-noite (Aotussp) e Mico-de-cheiro (Saimirisciureus) passaram 15 dias em local separado do restante dos primatas para que pudessem passar por uma fase de adaptação. Agora, visitantes do Parque também podem visitá-las.

Os animais foram trazidos de Fortaleza (CE) graças a uma parceria que a equipe técnica da Bica mantém com outras instituições similares em várias cidades do País. De acordo com o biólogo e chefe da Divisão de Zoológico, Thomaz Pires, já existia um macho de cada espécie e com a chegada das fêmeas eles agora estão formando novos casais.

De acordo com Thomaz, formar pares de animais em zoológico é uma preocupação que visa o bem estar deles, já que na natureza possuem o hábito de viver em grupos. Os animais são constantemente acompanhados pelos tratadores e pelos veterinários para checar se a adaptação está sendo dentro do esperado. A expectativa é que os casais possam reproduzir já a partir do próximo ano. “Isso vai depender muito do modo como eles vão se adaptar ao outro e ao ambiente”, disse o biólogo.

Em julho e agosto passados foi realizado o manejo preventivo, por amostragem, dos animais do zoo, com exceção dos grandes felinos. Foi coletado material biológico que ajuda na detecção de algumas doenças comuns aos animais e que também servirá para montagem de um banco de amostra biológica. Além da coleta, foi feita a vermifugação de todas as aves.

A Bica conta atualmente com mais de 500 animais de 80 espécies. O local ocupa um espaço de 26,8 hectares e está localizado em uma área de resquício de Mata Atlântica. De acordo com o último levantamento botânico, realizado em 2005, o Parque possui cerca de 134 espécies vegetais, predominantemente arbóreas.

Nascimento – No último dia 20 nasceu na Bica um filhote da espécie Paroaria dominicana (Galo-de-campina), dentro do Recinto das Aves. O ninho já estava sendo monitorado pelos técnicos e tratadores. Apesar de ser uma espécie muito perseguida pelos passarinheiros, essa ave é bem adaptada não só no Nordeste, mas em outras regiões do Brasil onde foi introduzida.