Centro ensina práticas ambientais que facilitam o dia a dia do cidadão

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Levar práticas ambientais sustentáveis para a casa e o cotidiano do cidadão por meio de ações educativas é a função do Centro de Estudos e Práticas Ambientais (Cepam), da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), localizado no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica). No local, há biblioteca, sala de exibição de filmes (ecocine), horta e xiloteca – coleção de madeira catalogada –, além de uma série de oficinas.

De acordo com o diretor do Cepam, Daniel Bandeira, a entidade recebe grupos de escolas ou associações, mas o Centro está aberto a todo tipo de visitante. “É muito importante que a população tenha acesso a informações sobre práticas ambientais e sustentáveis, que são simples de serem implementadas no dia a dia”, disse.

Ao chegar ao Cepam, o visitante começa um verdadeiro tour ecológico. Há uma exposição de animais empalhados, feitos a partir de espécies mortas encontradas no parque zoobotânico ou cedidas pelo Ibama; uma maquete mostrando os danos causados pelo desmatamento; uma estação meteorológica em miniatura; e a sala verde (biblioteca), que inclui a xiloteca.

A sala verde também serve como espaço para reunião de grupo de pesquisa de universitários. No local, há computador com internet, além de uma série de livros.

Temperatura – Um dos projetos destacados pelo técnico em meio ambiente Alvino Maciel é o teto verde. De acordo com ele, a técnica, além de ter um caráter ambiental, é decorativa e sustentável, pois reduz até oito graus a temperatura do teto.

Segundo ele, é muito simples fazer o teto verde, basta impermeabilizar o teto e plantar a grama. “Como ela não cresce muito, não é necessário ficar aparando com frequência. Com isso, pode-se evitar o uso de aparelho de ar condicionado, economizando energia elétrica”, explica Alvino Maciel.

Pesquisa – O centro tem uma equipe de pesquisadores fazendo experiência com tijolos sustentáveis, produzidos a partir de resíduos da construção civil. O tijolo é feito de argila e misturado a outros produtos. Depois de preparado, o tijolo é colocado em uma forma de madeira e posto para secar ao sol.

A ideia é chegar a um produto resistente e que possa ser utilizado em larga escala pelo setor da construção civil, que não para de crescer no Estado. “Material não falta para a indústria reaproveitar e produzir os tijolos. Além de ser uma prática sustentável, pelo viés do meio ambiente, também pode ser pela parte econômica das obras”, disse Bandeira.

Oficinas – O Cepam oferece oficinas de horta, mandala de plantas medicinais, coleta seletiva, geotinta, máscaras da fauna brasileira, zoo que veio do lixo e práticas ecoalternativas.

Os participantes da oficina de plantas medicinais aprendem as técnicas de plantar e organizar a horta, além de fazer biodefensivos para livrar sua horta de pragas. “É uma horta orgânica, utilizando sempre elementos naturais, incluindo o preparo do solo”, diz a bióloga e instrutora Yohanna Ribeiro. As plantas são muito úteis, à medida que auxiliam no tratamento e prevenção de doenças.

Na oficina de geotintas, os participantes aprendem a fazer tinta a partir de elementos naturais, como areia, água e cola. Já na “zoo que veio do lixo” é possível produzir utensílios representando animais a partir de material reciclado. O garrafão de água mineral é um dos mais usados.

Economia criativa – Nas práticas ecoalternativas, destaca-se a produção de sabão ecológico. O produto é feito a partir da reutilização de óleo de cozinha – o que evita o descarte nas tubulações – com soda cáustica e amaciante. As pessoas podem aprender para uso pessoal ou para vender o produto, gerando fonte de renda extra.

Dentro do Cepam, estão instalados uma Estação Digital, que atende, na maioria, os moradores do Roger, e uma unidade do Centro de Práticas Integrativas e Complementares. O equipamento em saúde oferece práticas como reiki, florais, terapia quântica, acupuntura, massagem e meditação.

O atendimento do Cepam ao público é de terça a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.