Alimentação e recintos adequados contribuem para reprodução de serpentes

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Uma fêmea da serpente corn snake (Pantherophis guttatus) desovou esta semana em um recinto na Casa dos Répteis, no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica). No zoológico, existem quatro exemplares da espécie (uma fêmea e três machos) que vieram do Mantenedouro Alex Zanotti, no município de Rio Formoso, Pernambuco.

O resultado da reprodução em cativeiro só foi possível por causa da ambientação adequada dos recintos e do cuidado com a alimentação dos animais. “O animal precisa se sentir bem para que esteja apto a se reproduzir”, disse o zootecnista Jair Azevedo, diretor da Bica.

Segundo ele, os ovos das serpentes levarão de 30 a 60 dias para eclodir. Depois que nascerem, as cobras serão isoladas – e, se houver excesso, poderão ser doadas para outros zoológicos que não possuem essa espécie.

Características – Corn snakes, ou cobras do milho, são geralmente dóceis e não ficam muito grandes, atingindo até 1,8m. Sua longevidade é de, no máximo, 20 anos.  Carnívoras (gostam de presas vivas), as corn snakes variam de cor, podendo  ser laranjadas com linhas pretas e manchas mais escuras, que percorrem todo o seu corpo.

Há as corn snakes amelanísticas, que não possuem capacidade de reproduzir o pigmento preto, mas com o mesmo padrão que o tipo selvagem , nas cores vermelha e laranja. E as aneurísticas, que ao contrário da amelanística, não apresentam as cores vermelha e laranja, mas têm parte do corpo na cor preta, com linhas brancas.

Essa serpente é nativa do sudeste dos Estados Unidos e costuma ser mais ativa à noite, ao entardecer e ao amanhecer. Elas vivem em campos, nas aberturas de florestas e nas fazendas de plantação de milho – o que originou seu nome vulgar.