Parque Arruda Câmara desenvolve trabalho de educação ambiental

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aminhar por uma área verde e contemplar o meio ambiente com tranquilidade são alguns dos benefícios que a população e os turistas podem aproveitar no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), localizado no bairro do Roger, em João Pessoa. Para garantir a segurança dos animais e o bem-estar das pessoas durante as visitas, a direção do parque desenvolve um trabalho de educação ambiental para os visitantes e funcionários.

Segundo Wiliane Freitas dos Anjos, coordenadora de Educação Ambiental do local, o espaço possui uma série de normas de condutas que precisam ser respeitadas. Ao ingressar na Bica, os grupos de visitantes são encaminhados à Oca – onde é realizado o trabalho de educação ambiental – para assistirem a um vídeo didático, com duração de quatro minutos, apresentando o que não é permitido fazer dentro do parque.

Para monitorar as visitas, o parque possui oito educadores ambientais, que orientam o público sobre as normas. “Se alguém está alimentando os animais ou pisando na grama, o educador ambiental vai até a pessoa e explica que não pode”, disse.

Visitas – Durante as visitas guiadas, os educadores ambientais falam ao público sobre a importância da fauna e da flora e sobre os cuidados que devem ser tomados preserva-los. “É importante que as pessoas tenham consciência disso, para não prejudicar o meio ambiente”, disse.

De terça a quinta-feira, cinco monitores estão à disposição dos visitantes para o trabalho de educação ambiental. Já nos finais de semana e feriados, seis educadores ambientais trabalham no parque, atendendo tanto os grupos com visitas agendadas quanto ao público em geral.

Para as visitas de escolas, as turmas devem ser de, no máximo, 40 alunos – com, no mínimo, um responsável para cada oito estudantes.       

Educação para funcionários – Wiliane disse ainda que o trabalho se estende aos funcionários do parque. De acordo com ela, a orientação acontece também por meio da exibição de vídeos com explicações específicas sobre os cuidados que cada setor deve ter e por meio de capacitações. “Nosso objetivo é sensibilizar e incentivar atitudes de preservação, conservação e manutenção”, disse a coordenadora.

Normas de Conduta – Um dos pontos destacados no vídeo que apresenta as normas de conduta do parque é a proibição de alimentar os animais. “Eles necessitam de alimentação específica, balanceada por um nutricionista”, disse Wiliane.

Também não é permitido bater nas grades ou vidros de proteção dos recintos dos animais, pois a atitude pode perturbá-los. Os visitantes também não podem fumar ou fazer churrasco dentro do ambiente, devido ao risco de provocar um incêndio no local.

As normas de conduta mostram que também não é permitido entrar no parque transportando animais silvestres ou domésticos; filmar ou fotografar para fins comerciais; falar alto ou gritar próximo aos recintos dos animais; atirar pedras ou qualquer objeto nos animais; manter contato físico com os animais soltos; portar ou ingerir bebidas alcoólicas; e danificar os equipamentos (bebedouros, lixeiras, bancos, brinquedos e outros).

Conscientização – Segundo Wiliane, apesar de alguns visitantes ainda não terem se conscientizado da importância de respeitar o meio ambiente, o trabalho tem mostrado resultados positivos com o público em geral. “Muitas crianças, quando veem outras fazendo algo errado, logo se lembram do que aprenderam no vídeo e dizem que aquilo é errado”, disse.

Em caso de descumprimento dessas normas, o educador ambiental conversa com o visitante e explica que não é permitido determinadas atitudes. Caso a pessoa insista na desobediência, um guarda municipal, que faz a segurança do parque, irá encaminhá-la para a direção.

Morte do jacaré – Em outubro desse ano, um jacaré do papo amarelo morreu na Bica após ter sido atingido por uma pedra. De acordo com a direção do parque, o laudo da necropsia apontou que o animal teve uma fratura na coluna vertebral.

Para Wiliane, o incidente é um exemplo do que uma atitude proibida pode provocar. “Infelizmente, por causa da falta de consciência de uma pessoa, um animal foi à morte”, ressaltou.

Parque – O Parque Zoobotânico Arruda Câmara é oriundo de resquício de Mata Atlântica localizada no bairro do Roger, na Capital. Possui atualmente 26,8 hectares de área, com flora diversificada composta por 134 espécies vegetais, predominantemente arbóreas, tanto nativas quanto exóticas, como castanholas e gameleiras.

No parque, o visitante encontra cerca de 500 animais das mais variadas espécies, entre aves, felinos e répteis. Eles são encaminhados ao espaço por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres ou pelo regime de intercâmbio com zoológicos nacionais. Para melhor preservar a fauna, o parque procura reproduzir o habitat natural do animal em seu recinto, minimizando, assim, o estresse ao qual é submetido em cativeiro.

Além da fauna e da flora, o visitante pode desfrutar de alamedas, trilhas, charretes com pôneis, trenzinho, quadriciclos, pedalinhos, playground, lanchonetes e estacionamento. O local está aberto de terça-feira a domingo, das 7h30 às 17h, com acesso até às 16h30. O valor do ingresso é de apenas R$1, com gratuidade para crianças até 7 anos.

A administração do parque está dentro da estrutura organizacional da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). A equipe técnica é formada por biólogos, veterinários, zootecnista, engenheiro agrônomo, educadores ambientais e estagiários, além de uma equipe de apoio formada por tratadores, serralheiros, jardineiros, auxiliares de serviços gerais e Guarda Municipal.