Prefeitura realiza ação de combate ao caracol africano na Avenida Cabo Branco nesta quinta-feira

Por - em 728

Luiz Carlos Lima

A Prefeitura Municipal de João Pessoa, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), realiza uma ação de limpeza, nesta quinta-feira, às 16h, para prevenção do caracol africano. A ação será realizada na via pública – na Avenida Cabo Branco nas imediações da Fundação José Américo – e servirá como uma ação educativa para que a população se conscientize e realize a limpeza em suas próprias residências. A ação é resultado de uma parceria com entro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz) e a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).

A prevenção da reprodução do caramujo africano pode ser feita a partir  da limpeza dos terrenos para evitar o crescimento de vegetação, que é o alimento do animal. Segundo a secretária da Semam, Daniela Bandeira, a ação terá caráter preventivo. “Neste primeiro momento vamos trabalhar apenas na via pública, mas que fique como exemplo para as pessoas também realizarem a ação de recolhimento do caracol em suas casas. Estamos nos aproximando do período de reprodução do animal e precisamos prevenir”, declarou.

A catação é a forma mais correta. Trata-se do único procedimento permitido para a área, que é de preservação ambiental. Os funcionários da Emlur serão os responsáveis pela técnica de supressão, que consiste no corte de uma faixa.

Caramujos – Aproveitando o clima frio e o tempo chuvoso, os caramujos se reproduzem com facilidade por se tratarem de hermafroditas. Eles, que colocam em média mil ovos por ano, podem transmitir contaminação de forma direta à população, caso não sejam manuseados de maneira adequada. Para catá-los, é necessária a utilização de luvas e sacolas plásticas, em seguida, os caramujos devem ser colocados em tanques com água e sabão.

Consequência à população – O Achatina Fulica é hospedeiro de várias espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias como a meningite.

A meningite causada por A. cantonensis, tipo de verme, começa com a ingestão do caramujo ou de muco do molusco infectado. Uma vez ingeridas, as larvas do verme migram para o sistema nervoso central e se alojam nas meninges – membranas que envolvem o cérebro. O organismo inicia uma reação inflamatória, que resulta no quadro de meningite.

Geralmente, a doença é autolimitada, pois os parasitas não conseguem se reproduzir no ser humano e morrem naturalmente. No entanto, alguns pacientes desenvolvem formas graves e o índice de mortes é de 3%. O atraso no diagnóstico é um dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro: cada dia de dor de cabeça prolongada aumenta em 26% as chances de coma. Até agora não foi notificado nenhum caso de doenças causadas pelo molusco em João Pessoa.