Semam fiscaliza e multa empresas que estão poluindo rios da cidade

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Jô Vital

João Pessoa tem quatro principais grandes bacias hidrográficas, que são os rios Jaguaribe, Gramame, Sanhauá e Cuiá, além de pequenas sub-bacias que contribuem para os recursos hídricos da cidade. Atenta à preservação desse patrimônio, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), vem promovendo uma série de ações de fiscalização, que tem o objetivo de reduzir e minimizar o efeito da poluição ambiental nos rios da cidade.

Técnicos da Semam estão fazendo um estudo preliminar das nascentes e afluentes, com foco na bacia do rio Gramame. O estudo verifica a condição das matas ciliares, cobertura vegetal da área, nível de exposição do rio aos agentes poluentes, ocupação irregular das margens, entre outras questões. Paralelo a este levantamento, equipes da Divisão de Fiscalização (Difi) tem atuado de maneira contundente, notificando e multando as empresas que não cumprem a legislação ambiental.

Segundo levantamento da Divisão de Estudos e Pesquisas (Diep) da Semam, um dos maiores problemas, enfrentados pelos rios de João Pessoa, é o despejo de efluentes de indústrias. Sem saneamento básico, empresas situadas no Distrito Industrial, que não tratam seus resíduos, foram flagradas e multadas pela PMJP.

As ações junto aos rios estão sendo discutidas no Fórum Permanente de Proteção do Rio Gramame, que conta com as participações da Semam, Ministério Público Federal e Estadual, Universidade Federal da Paraíba, Governo do Estado, Escola Viva Olho do Tempo e diversos outros parceiros. Para a secretária de Meio Ambiente, Daniella Bandeira, “a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre UFPB, Semam e Ministério Público Federal vem estimulando a realização de estudos complementares sobre a condição do rio Gramame. Esses estudos são imprescindíveis para viabilizarmos ações concretas para melhorar as condições dos nossos rios”.

O biólogo da Semam, Cláudio Almeida, destacou que é preciso reunir todas as forças envolvidas com a questão ambiental da cidade na discussão: “Revitalizar os rios é um processo complexo e lento. Não se faz isso de um dia pro outro e é preciso o compromisso de empresas, gestores públicos, universidades e principalmente da população. Todos os dias nossos rios sofrem, tanto com as pequenas agressões, como um morador que abandona um sofá no leito do rio, quanto da indústria que despeja seus resíduos de forma irregular nas galerias pluviais”, concluiu.